quarta-feira, 9 de junho de 2010

Urbanismo e mobilidade

Nesta breve história, vou contar o percurso de vida de uma pessoa que conheço, o seu nome é Máximo dos Santos. É natural de uma aldeia do Alentejo e actualmente reside na periferia do Montijo, há cerca de 48 anos. O motivo que levou à sua migração para Lisboa foi para fugir dos maus-tratos que sofria por parte da sua progenitora. Quando tinha cerca de 12 anos, decidiu fugir de casa e procurar abrigo em casa de uma tia que residia em Lisboa. Essa mesma tia, através dos conhecimentos que possuía no local, apresentou-lhe um senhor que possuía uma oficina de reparação de equipamento de refrigeração.
Devido à experiência adquirida nessa época, na altura de cumprir o serviço militar obrigatório foi encaminhado para o sector da electromecânica, no qual foi lhe dada alguma formação. Devido à falta de técnicos em Timor, rapidamente imigrou para esse país, onde permaneceu cerca de dois anos a cumprir o seu serviço militar obrigatório. Foi um tipo de migração externa e intercontinental e uma migração forçada pelas obrigações do cumprimento do serviço militar. Foi também uma imigração temporária pois quando terminou o serviço militar voltou ao seu país.
Após ter cumprido o seu serviço militar, e como nesse tempo os técnicos de refrigeração eram escassos, foi com alguma facilidade que conseguiu colocação numa empresa bastante prestigiada na altura. Após algum tempo nessa empresa foi convidado a imigrar para Angola, como sempre foi uma pessoa empenhada e profissional no que fazia, fez com que percorresse vários países do continente africano. Neste caso foi novamente um caso de migração externa e intercontinental.

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